Blog do Ourinhos

30.1.07

O post de amanhã


Quando os brilhantes Robert Zemeckis e Bob Gale (por que um é Robert e o outro é Bob?) escreveram o brilhante roteiro de "De volta para o Futuro", eles nunca (?) imaginaram que dentro de tão pouco tempo esses passeios pelos quadrantes de espaço x tempo seriam tão triviais quanto pipoca com bacon. Na verdade nem eu imaginava, até ler um comentário tecido pelo grande G. Tomé (aquele das palavras terapêuticas e do excelente KavaKava) para um post publicado aqui semana passada.
Espantoso é que o comentário foi feito para o post errado, e não era um post passado e sim o post que eu vou escrever amanhã! Ou depois de amanhã, vai saber.
Bom, nesse caso, só resta esperar. Mesmo assim o que se tem é um cenário no mínimo inusitado e digno, pelo menos de uma tira do Calvin.

22.1.07

Ah, esses Shakespeareettas...


Ah, o filho pródigo. "Deslizes" (cante e dance), sucesso que imortalizou a voz do cantor - e conterrâneo de Belchior, Falcão, Didi Mocó Sonrisal Novalgina, além da Sedição (sedição, e não sedução)de Pinto Madeira - Fagner causou um processo contra o intérprete e seus compositores, os atualíssimos Sullivan e Massadas, movido por um estudioso da obra de William Shakespeare. Kerry Ross alega que nosso herói plagiou um trecho de "Sonhos de uma noite de verão", ou "Midsummer Night's dream" no original, em que Robin Starveling, o alfaiate, entoa um cântico para Oberon e Titania, tentando amolecer seus corações. Dois fatos chamam atenção:
1) Os direitos da obra de Shakespeare foram doados para a humanidade, na ocasião de sua morte, tornando livres sua reprodução, total ou parcial, em cinemas, igrejas, banheiros e, pasme, tocadores de realejo;
2) A cena não aparece literalmente na obra: ela está entre os trechos reivindicados pelos Shakespeareettas, um grupo de radicais adoradores da obra do mestre inglês. A obra cita vagamente um momento de conquista entre os dois personagens, duas divindades que, na minha opinião seriam imunes ao gogó de um cantor latino-americano.
Acredita-se, porém, que esta seja mais uma das trapalhadas do grupo, responsável pela acusação contra Madonna, de citar um trecho de "Otello, um mouro de Veneza" em "Like a Virgin".
Há uma terceira opinião, entretanto, a dos que estão sempre em cima do muro: de que tudo não passa de uma peça arquitetada por Sacha Baron Cohen, o famoso Borat.
Fico com a terceira opção.

12.1.07

Precisa-se de sovacos femininos


Preecisa-se: Sovacos femininos, de preferência de mulheres que produzam suor em excesso.
Estranho ou normal? Qualquer um que tenha mais de uma mitocôndria pode achar estranho, mas se o seu ponto de vista for igual ao uma fábrica de doces do interior de Sergipe, essa excreção pode ser bastante útil. Acontece que a fábrica, que ainda não aderiu à "onda da internet", como frisa o simpático Jeremias Aguiar Malaquias - herdeiro do empreendimento - usa suor feminino como matéria prima para a produção do aroma artificial de maçã verde.
A técnica foi incorporada no fim do ano passado e vem gerando conflitos tanto com ONGs que defendem os direitos da mulher, quanto dos antigos fornecedores, os criadores de arapongas silvestres, que ficaram em uma situação desconfortável com o fim do monopólio.
As arapongas silvestres são lindos pássaros não domesticados cujo cheiro não se parece nada com o de uma mulher, mas o processo químico de obtenção do aroma modifica o sentido do movimento spin da molécula, alterando suas propriedades físicas.
E salve o cinema nacional!!!

4.1.07

Frases estimulantes


Não se trata de "só por hoje" ou palavras de ordem de outra assosiação de anônimos e se alguém por acaso chegou até aqui procurando um post sobre auto-ajuda, há um botão ali em cima que pode te auto-ajudar a voltar pro Google e continuar a busca.
Dito isso iniciamos os trabalhos. Hoje ouvi duas frases que me deixaram ensimesmado: "Olha só o pica-pau fazendo scratch no sanduba" e "Acho que eles entraram num buraco de minhoca e foram sugados para um universo paralelo". Se este fosse um blog com direcionamento claro para jogos de salão eu poderia propor um desafio para que fossem descobertos os autores das ditas cujas. Mas como esse direcionamento é implícito, digo abertamente que elas foram pronunciadas, respectivamente, por um doidão no ônibus logo cedo e pelo Du, do inspirado "Du, Dudu e Edu".
A primeira frase eu respondi com um "pode crer". Na verdade eu não queria dizer isso, mas me senti tentado a demonstrar minha solidariedade com o maluco matinal.
Já a citação do Du é um exemplo bem acabadíssimo de como se faz um diálogo nonsense para desenhos animados modernosos. E como eles são bons. A minha resposta para isso foi uma coçadinha na perna e uma expressão que eu gostaria de ter visto.

3.1.07

Guia de profissões - parte 2


Precisa-se de locutores
Quem viaja de metrô sabe o risinho que uma estação anunciada com o nome errado pode provocar. Nada demais se não for falado por um lisboeta, mas altamente hilário se pronunciado com aquele sotaque quase galego do norte de Portugal.
Parece bobagem, mas foi um dos pontos de discórdia entre metroviários e a Metropolitano de Lisboa, durante as negociações ocorridas na última greve que afetou os transportes na capital portuguesa, no mês de dezembro.
Formado principalmente por gajos imigrantes de cidades pobres do norte português, o corpo de condutores do metro (sem acento mesmo, pronuncia-se como em "metrossexual" não atura mais as gozações conseqüentes de "Teieiras" em vez de "Telheiras".
Para tentar contornar a saia justa, a empresa resolveu contratar locutores lisboetas profissionais, que terão um assento ao lado do condutor. Perguntado o porque de não se gravar as lindas vozes e, simplesmente ativá-las usando o sistema de som dos trens, a diretoria da empresa - de capital 100% português - afima que nada substitui o "feeling" de quem está à frente da composição. Já os sindicalistas comemoram a decisão, afirmando que os condutores poderão usar suas vozes de veludo em noitadas de "Fado do Alto Douro" no Centro Recreativo Altodourense de Lisboa"


 
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